Cowboy fora da lei
Eu apresento aqui meus versos mortos
E espero que suportes num momento
A velha fantasia que alimento,
Envolta nos desenhos rudes, tortos,
Ainda se procuram novos portos,
Porém quando o passado eu reinvento
Soltando o meu cadáver, bebo o vento,
Trazendo os olhos baços, tão absortos,
Eu sei quanto se faz ora obsoleto
A tentativa espúria de um soneto
Enquanto de concreto nada sei,
O féretro me cabe, mas prossigo,
Tentando no porão, meu calmo abrigo,
Infrinjo de tal forma a nova lei.
Marcos Loures
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