IDÊNTICOS UNIVERSOS
Mas, como acreditar na humanidade,
A cada novo tempo; apodrecida,
Imagem de uma antiga refletida
Repete a mesma sorte que a degrade,
Enquanto se fizer felicidade
Nas tramas do poder, cadê saída?
A face noutro espelho refletida,
O novo bebe a velha iniquidade,
E nada novo sinto sob o sol,
Apenas o que possa em vil farol
Traçar um descaminho após diversos,
Convergem para a dura e turva senda,
Aonde cada engodo ora desvenda
Idênticos, em síntese, universos.
Marcos Loures
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