quarta-feira, 4 de julho de 2012

MIRAGEM

MIRAGEM

Reflito os meus enganos, outra vez,
E nada do que venha desde outrora
Noutro cenário em paz não corrobora,
Embora outro momento ainda vês,

E saibas que afinal no que tu crês
Aos poucos, dia a dia se evapora,
Restando quase nada e mesmo agora
Restaura-se esta eterna insensatez.

Surfando pelo tempo, um imbecil,
Eclode no que busca e nunca viu,
Um vil tormento dita esta viagem,

E quando se acredita noutro rumo,
Num novo amanhecer; eu não me aprumo,
Sabendo qualquer luz, mera miragem...

Marcos Loures

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