O QUE NOS RESTA A FAZER
Os lemes já partidos, sem timão,
O barco se condena e sigo aquém
Do quanto deveria e nunca vem,
Marcado pelos erros que virão.
Enquanto se tentar na embarcação
O mundo que de fato nos convém,
A luta se esvaindo, e vejo bem,
Somente o mesmo tom, farsa, ilusão.
Não quero acreditar mais no que há tanto
Pudesse ser bem claro e se me espanto,
Do pranto que resume minha sorte,
Apenas renascendo em todo corte,
Encontro enganos mil em cada canto,
E espero, mansamente e ausente, a morte.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário