Meu Céu
O céu que imaginei, manso e lilás
Presumo quando em falsa tempestade
Marcasse este temor quando degrade
Deixando para trás o sonho audaz,
Vagasse pelo instante em que se faz
A senda mais sutil a crueldade,
Velando por temível claridade
Morrendo noutro tom rude e mordaz,
Nos raios da esperança me perdendo,
Apenas o que fora um estupendo
Cenário imaginário e nada além.
A vida se fazendo sem manhã,
A luta desdenhosa e tão malsã
Expressa o que de fato me convém...
Marcos Loures
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