Meus defuntos
Restauro os meus defuntos quando canto,
Abandonado corpo sobre o solo,
E quando sem futuro algum assolo
Meu verso se traduza num quebrando,
Reparo e na verdade o mesmo espanto
Traçando o quanto possa em medo ou dolo,
Espalho este não ser e me consolo
Bebendo do jamais quando o garanto.
Ameaçando a própria tempestade
O mundo na verdade me degrade
Afundo o meu olhar neste non sense,
Sem mesmo acreditar no quanto alcance
A luta em desvario e sem ter chance
Ainda quando a farsa nos convence...
Marcos Loures
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