MINHAS MÃOS
As minhas mãos cansadas da batalha,
Meus pés cansados, olhos vãos, vazios...
Distância me cortando qual navalha,
Procuro me agarrar em finos fios.
Mas as mãos estão trêmulas. Falha
O coração, sentindo os arrepios
Do amor que semimorto já se espalha
No resto do que fui. Os dias frios...
As minhas mãos desejam um descanso,
Barqueiro procurando por remanso,
Olhares esperando uma alvorada
Que venha em novo amor, uma esperança,
No passo decidido, um gesto alcança
Uma alma feminina, apaixonada...
MARCOS LOURES
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