OUTRA NOITE PERDIDA
Uma noite perdida neste imenso
E turvo caminhar cenário afora,
A fonte se desmancha e o nada aflora
Traçando outro momento em que não penso,
Espinhos sangram medos, me convenço,
Da mesma vergastada desde outrora
E quando me preparo, ao ir-me embora,
Ausente de meus dedos, qualquer lenço.
Respaldos procurados, não há viço,
Somente o mesmo solo movediço
Mortiça madrugada nega o dia,
E bêbado do quanto pude crer
Nefasta criatura eu passo a ver,
Aonde a mais serena buscaria.
Marcos Loures
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