MEUS CADÁVERES
Arrasto os meus cadáveres e nada
Da face desenhada se apresenta,
A luta demonstrara esta sangrenta
Palavra mesmo em vão deteriorada,
A força que se molda dita estrada
O peso jamais traça ou me apascenta,
Negando qualquer sonho se inocenta
Batalha que se molde destroçada.
Não quero o novo tempo nem tampouco
O grito sem sentido, mero e louco,
Alucinadamente volto ao zero,
E sei da virulência do que vem,
Matando o que se mostre ainda aquém
Do quanto desenhei; e teimo, e quero.
Marcos Loures
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