SEXTINA 26 NÃO DEVERIA ACREDITAR...
Já não mais deveria acreditar
Nos erros de quem tenta nova luz
E o tempo se em verdade não soubesse
Vagando entre as estrelas, constelares
E sei do quanto pude em teus altares
Gerar o meu caminho em liberdade.
Ainda que vivesse a liberdade
E nela inda pudesse acreditar
As sombras mais suaves dos altares
Refletem dos meus sonhos tanta luz,
E sigo entre cenários constelares
Talvez outro momento inda soubesse,
O quanto se pudera e já soubesse
E dita o meu anseio em liberdade
Os dias entre os sonhos constelares
Ainda que eu pudesse acreditar
No canto se moldando em rara luz
Trazendo ao meu olhar raros altares,
A vida se traduz em teus altares
Ainda que em verdade não soubesse
Bebendo cada gota desta luz
E nisto se conhece a liberdade
Ainda que pudesse acreditar
Nos ritos mesmo sendo constelares.
E sei dos meus anseios; constelares
Ousando na esperança em meus altares
E tento a cada instante acreditar
Embora na verdade isto eu soubesse,
Tramando o que pensara em liberdade
E neste caminhar encontro a luz,
A noite semeando em rara luz
Explode nos resumos constelares
E nisto se sentisse a liberdade
Ferrenha no caminho entre os altares
Ainda que talvez mesmo soubesse
Do quanto poderia acreditar.
E sei que acreditar em cada luz
Dizendo o que soubesse em constelares
Momentos nesta luz em tais altares.
MARCOS LOURES
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