Outra Promessa
Na pavorosa sorte que me ronda
A desdenhosa imagem toma conta,
E quando noutro engano desaponta,
O sonho sem sentido vem e sonda,
Desta alameda inútil, cada fronde,
Expressa outro jamais quando se tenta
Além da solidão, velha tormenta,
O passo quando além nada responde,
Correspondendo ao fim e sempre assim
Marcando em dissonância o quando havia
Somente se desnuda outra sangria
Matando o quanto houvera inda de mim,
E sigo sem saber se existe paz,
Outra promessa espúria se desfaz...
Marcos Loures
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