Segredos da Ilusão
Retiras velhos sonhos, descaminhos,
E bebes cada gota do que outrora
Vivera a imensidão quando apavora
Tramando dias rudes e mesquinhos,
Buscando inutilmente velhos ninhos,
A senda mais distante não demora
E o verso sem segredo nada implora
Semente se perdera em teus espinhos,
Daninhos os jardins que cultivaste,
O tempo condenando em tal desgaste
Deixando para trás um dia manso,
E sinto quanto resta, quase nada,
A vida noutra farsa desenhada,
Segredos da ilusão; decerto alcanço...
Marcos Loures
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