segunda-feira, 23 de julho de 2012

UM CANTO REPETIDO

UM CANTO REPETIDO

Um canto demorado, repetido.
Nenhuma solidão ronda por perto.
Areia em tempestades no deserto,
O manto das saudades estendido

Não se ouve nem sequer um só ruído,
O vento em seu monólogo comprido,
Trazendo a sensação: dever cumprido.
O mundo dorme atroz, mal repartido.

Distantes os oásis, leda a vida...
Minha alma desprendida, a cordilheira
Espera calmamente que decida

Caminho que percorra, leve e inteira...
O vento no deserto, minha cama...
Ao longe a cordilheira... No Atacama...

MARCOS LOURES

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