O RENASCER DO PÓ
Vencido pelos ventos, tempestades,
Retorno ao velho pó, na mesma estrada
Que tanto se fizera envolta em nada,
Grilhões atados; vejo antigas grades,
E mesmo quando aquém do todo evades,
Espero noutro tanto uma cartada
Que possa me trazer a maculada
Imagem que imagino em claridades
Um jogo e nada mais; talvez perceba
O todo no vazio que receba
O beijo traiçoeiro da esperança,
Não quero e nem pudera ser além
Sorrindo quando a sorte em corte vem,
Na morte o renascer do pó se alcança...
MARCOS LOURES
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