segunda-feira, 27 de maio de 2013

UMA ESPERANÇA


 UMA ESPERANÇA

Já não mais comportasse uma esperança
Ousando noutro rumo em prepotência
O tempo se desenha em tal ciência
E a vida no vazio então se lança

A sorte se aproxima em temperança
E marca o quanto pude em indulgência
No fundo, o que procuro é tal clemência
E a morte sem sentido algum avança,

Esgoto cada tema em tom suave,
E sei do quanto possa e mais agrave
Engodos de quem sonha inutilmente,

Esplendorosa a vida de quem ama,
Porém ao mesmo tempo a dor e o drama
Dominam paulatinas, corpo e mente.

MARCOS LOURES

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