AS HORTAS DA ESPERANÇA
As
hortas da esperança abortas quando
O tempo se transforma e nada traz,
Além da mesma fúria contumaz,
O vento no momento desatando,
Amarras da lembrança, tempo brando?
Talvez nada mais seja feito em paz,
A cada novo instante um capataz
O corte a cada toque se moldando,
Em solilóquio vejo o que não sigo,
E tento acreditar num porto amigo
Em meio aos discordantes ares tantos,
Resumos do que fomos, somos, temos,
Os erros que deveras são supremos
Apenas breves olhos, desencantos.
MARCOS LOURES
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