EM LEDO ASSÉDIO
EM LEDO ASSÉDIO
Gerando
após o medo
O tanto que se fez
Na velha insensatez
No canto onde concedo,
A vida em desenredo
E nela já não vês
O quanto a cada vez
Pudesse bem mais cedo,
Sedento em vária luz
Bebendo o que produz
Somente em fel e tédio,
Do quanto que se quis
Apenas infeliz
Vagando em ledo assédio...
MARCOS LOURES
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