sexta-feira, 28 de junho de 2013

PEITO ESCANCARADO


Peito escancarado

Meu peito escancarado de tristezas
Esfaceladamente se destrói.
Inconscientemente de incertezas
Já se inunda... retalho, já se mói...

Nas lendas seculares se corrói
Nas pedras insensíveis, suas mesas...
A vida que maltrata sempre sói
Ser única medida sem defesas...

Apaixonadamente desvairado,
Liquidificador esmaga o senso...
Rasgado, esfacelado, escancarado...

Nas perdas que somei, fiquei vazio...
Meu coração gigante, pois imenso,
Fingindo, não se esquenta, bate frio...


MARCOS LOURES

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