ERMOS CAMINHARES
No
caos em que me vejo ultimamente,
Jogado pelos ermos caminhares
E bebo dos destinos que ao tocares
Traduzem nesta insânia simplesmente,
O quanto mais queria e a vida mente
Retorno ao meu começo e dos pomares
Da infância nem sequer velhos altares
A noite que me trouxe ora se ausente.
Esqueço os rastros soltos pela rua,
Uma alma sem destino além flutua
E bebe os desafetos e se entrega,
Depois do mais diverso pensamento,
Apenas mero porto que eu invento
Após esta viagem vaga e cega.
MARCOS LOURES
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