quinta-feira, 27 de junho de 2013

RECORDAR É VIVER - NO REINO DA TUCANOLÂNDIA CAPÍTULO 01


RECORDAR É VIVER...

Tucanolândia - capítulo 1 - Projeto Sivam


O esquema já estava montado, não fora difícil convencer o embaixador a entrar com a influência que tinha sobre o Governo daquele Reino do terceiro mundo. Famoso pelas transações que envolviam sempre desvio de verba para corrupção do governo.
Sempre, desde a década de sessenta, a tão falada “caixinha” era sistematicamente usada pelo sistema público, desde os mais baixos escalões, para que desse andamento aos processos até aos mais altos, com finalidades várias, desde ganho de processos sem licitação até construções, através de empreiteiras, de obras públicas e de projetos “de segurança nacional”.
Esse era o caso, havia necessidade da proteção do espaço aéreo, já que a Grande Reino tinha uma vasta floresta e precisava de um sistema de vigilância abrangente.
Obviamente, o ministro da aeronáutica daquele reino estaria envolvido nas negociações, embora não se possa afirmar que sabia de alguma coisa.
O empresário em questão, chefe do cerimonial do Rei Dom Fernando Henrique Caudaloso utilizou-se do cargo, com ou sem o consentimento do rei, isso também são especulações, para fazer a negociata.
A questão é que a empresa ganhou, sem licitação, o contrato que ultrapassava um bilhão de dólares.
Isso mesmo, um bilhão de dólares, coisa de se espantar!
O Rei, ao saber do fato, demitiu os envolvidos ou forçou-os a pedir demissão. Gesto nobre, porém, como veremos a seguir, um tanto estranho...
Uma outra empresa ganhara o contrato para a instalação e desenvolvimento de softwares para o projeto, mas, como fraudara e falsificara guias de recolhimento da previdência social, foi afastada. Após isso, a empresa entrou em falência, mas ressurgiu com outro nome de fantasia e arrebatou tudo de novo.
Um bilhão de dólares para um reino pobre é dinheiro que não acaba mais, assustando até o presidente da maior economia do mundo, quando soube da “bagatela”.
O que poderíamos esperar de um homem sério, desejoso de proteger o capital nacional? A apuração e punição dos fatos, obviamente...
Ao se instalar uma comissão do congresso para analisar e punir, o que se viu, para espanto de todos, foi o esvaziamento dessa comissão. Ficando todos impunes...
Somente os habitantes daquela terra “abençoada por Deus”, ficaram a ver navios. E, pior, em plena selva tuconalandesa...


MARCOS LOURES







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