Pudesse ter enfim contentamento
Depois de tantos anos sem ninguém
Saudade diz um nome que não vem,
Por vezes uma fuga; ao menos, tento
Mas como se deveras me atormento
E sei que a tempestade me contém
E nela percebendo quanto aquém
Do que se mostraria um sentimento
Aonde eu poderia confiar
E tendo novamente o céu e o mar
Tocado pelos olhos sonhadores,
Mas sei que na verdade nada existe
Senão um coração amargo e triste
Que estampa a cada verso suas dores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário