CONFISSÕES (VI)
Deixando sem espinhos esta Flor,
Entregue ao vosso olhar, vossa mesura,
Poesia da mais bela, da mais pura,
que não compôs, jamais, um trovador.
Eu amo o vosso garbo, fermosura,
O vosso olhar mui meigo e sedutor,
Repleno de candura e de langor,
que espreitam meu avesso, sem censura.
E as marcas do desejo em vosso rosto,
Por conta desse amor, dessa alquimia
que explode quando o vosso corpo espreito.
Comove-me demais o vosso jeito
Desnudo de qualquer alegoria,
A mim entregue sem pudor! Exposto!
Edir Pina de Barros
Confesso o quanto quero e não presumo
Diversa solução a cada fato,
O tempo que deveras já resgato
Entranha na minha alma em raro sumo,
O tempo se desenha em tal resumo
E o lento caminhar onde arrebato
O quanto desejasse e assim constato
O todo delirante em mesmo prumo,
Hedônicos cenários proclamados,
Os vértices tocando se completam
E os sonhos que deveras nos injetam
Os versos desde sempre desenhados,
Em côncavo e convexo, complementos,
Trazendo em consonância os elementos.
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