Embora eu reconheça ser a fera
Que traz em seu olhar esta expressão
Da imensa e tão temida solidão,
Que a vida noutra face degenera,
Eu tento, da maneira mais sincera,
Ousar e mesmo até pedir perdão,
Os erros que cometo, o passo em vão,
Matando desde sempre a primavera,
O velho coração deste poeta,
Buscando o que decerto ora o repleta
Adentra estes caminhos intrincados,
E tenta, mesmo em dor, sobreviver,
A fera que pudesse ao menos ter
Da bela os teus sorrisos delicados.
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