Plenilúnio
Teus olhos, dois luzeiros da esperança;
Clareiam a penumbra de minha alma...
Tua voz tão macia sempre acalma,
Minha vida, ao teu lado, sempre avança!
Mas quando a conheci a forte lança
Da vil desilusão deixara trauma
Meus olhos não sabiam de vivalma
Que pudesse matar desesperança...
Um dia, caminhando, de repente,
Na noite sem saber sequer da lua,
Ao ver-te imaginei que ali na rua
A lua se fizera então em gente
E fosse iluminar minha tristeza.
Em ti, o plenilúnio da beleza!
LOURES
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