quarta-feira, 29 de maio de 2013

FRÁGIL SENSAÇÃO



FRÁGIL SENSAÇÃO

Vivendo em mansidão – ah, quem me dera,
Marcando com ternura o que enfurece,
Não adianta mais nenhuma prece
Inverno dominando a primavera,

A sorte se perdendo não pudera
Vencer o que traduza e se oferece
Na forte solidão que me enlouquece
Alimentando em dor a imensa fera.

Ninguém mais deveria se traçar
Deixando para trás algum luar,
Vertendo em solidão a imensa bruma,

Navego em turbulência, sem descanso,
A frágil sensação que nunca alcanço
Traduz a paz que morta, assim se esfuma...

MARCOS LOURES

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