FRÁGIL SENSAÇÃO
Vivendo em mansidão – ah, quem me dera,
Marcando com ternura o que enfurece,
Não adianta mais nenhuma prece
Inverno dominando a primavera,
A sorte se perdendo não pudera
Vencer o que traduza e se oferece
Na forte solidão que me enlouquece
Alimentando em dor a imensa fera.
Ninguém mais deveria se traçar
Deixando para trás algum luar,
Vertendo em solidão a imensa bruma,
Navego em turbulência, sem descanso,
A frágil sensação que nunca alcanço
Traduz a paz que morta, assim se esfuma...
MARCOS LOURES
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