NOCTÍVAGO
Quem dera se o noctívago poeta
Vagasse pelos sonhos de quem ama, Quem sabe ao acender alguma chama
Ela teria o amor que em si completa,
Apenas fantasia. A paz concreta
Distante do meu quarto, em nua cama,
Do inverno interminável já reclama,
Não tendo mais esperanças, morta a seta,
Cupido fez ouvidos/mercador,
Deixando para trás o eterno amor
Que um dia imaginei; pura tolice...
A história se repete novamente,
Sem ter quem os meus sonhos já freqüente,
O que julgara claro se desdisse...
MARCOS LOURES
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