O MUNDO
O mundo decomposto em brasa e fúria
Deixando em tempestade um porto aquém
Do todo desejado e que não vem
Num rastro feito em lágrima e lamúria,
O tempo se arrastando, leda incúria
E o quanto que restasse diz ninguém
Vagando sem sentido, o quanto tem
Expressa a realidade em dor e injúria,
Vestindo a mesma pele de cordeiro,
O lobo devorando por inteiro
Quem tanto acreditara noutro mundo,
O corpo decomposto espelha a alma
E nada mais de fato, vem e acalma
Tempestuosa vida em corte imundo...
MARCOS LOURES
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