Olhando para as trágicas notícias
Que tingem a esperança em rubra tez,
O quanto poderia e não se fez,
A vida se desenha em tais sevícias,
Os olhos procurando vãs carícias
E o tempo se desenha insensatez
Vagando quanto possa e sem talvez
Vivendo de alegrias tão fictícias,
Os passos procurando algum apoio,
Os dias se aglutinam num comboio
E o vento se transforma em face escusa,
Versando sobre o quanto inda me resta,
A vida penetrando cada fresta,
Meu passo com vazios intercruza.
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