Divino e prazeroso, ó mestre amigo!
Às vezes té me esqueço dos terrores
que assaltam-me em forma de vis dores
e roubam-me essa paz, é o que eu lhe digo!
Então me zango e escrevo o que eu consigo
em forma fixa ou como os amadores.
O fato é que me vêm, em multicores,
palavras que me são perfeito abrigo!
A graça é que podemos recriar
um mundo diferente qual encarte
e o feio com firmeza por de parte.
Não é maravilhoso e até sem par
o dom que possuímos de rimar
a dor co'ardor e o amor co'a cor da arte?
Ronaldo Rhusso
O dom de ser poeta, uma magia
Que jamais desprezei e que sustenta
Durante a tempestade; uma alma assenta
E bebe do prazer e da agonia.
Vencer o dissabor do dia a dia,
Por mais que a vida seja violenta,
A noite em poesia nos alenta,
Como se fosse então uma alquimia.
Pedra filosofal que lapidamos,
Escravos das palavras? Somos amos,
E ramos destes velhos arvoredos
Que escassos, mas garanto valiosos,
Os versos que fazemos; orgulhosos,
Desvendam da existência seus segredos...
Publicado em: 31/12/2009 08:42:59
Um comentário:
Esse poderia até fazer parte do polêmico livro... Tá bonitinho!
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