Ensimesmado
Ao menos uma face que demonstro
No mesmo gargalhar insano e rude,
Trazendo muito além do quanto pude,
Gerando dentro da alma imenso monstro,
E cada vez que possa ter nas mãos
Os dias; entremeio com erráticos,
Tocado por destinos nada práticos
Adentrando os meus templos, meros vãos,
Espúria e desmedida luta insana,
Apartando este cálice sanguíneo
Envolto pelas trevas num domínio
Que sem sentido algum sempre nos dana.
Mesclasse o quanto resta de mim mesmo,
Enquanto sem defesas me ensimesmo...
Marcos Loures
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