segunda-feira, 11 de junho de 2012

TEU VULTO

TEU VULTO

Teu vulto passeando no meu quarto,
Na luz de um abajur, bruxuleante...
Num trêmulo retrato de um instante,
Prazeres... o desejo, calmo e farto...

Ao ver-te passar, sinto o teu perfume,
O rastro da pantera extasiada.
Na transparência bela e demarcada
Por esta claridade vaga-lume...

Teus seios, tuas pernas sombreados
Cabelos soltos... vejo tal beleza
Que traz, neste momento esta certeza

Aos olhos que acompanham cada passo.
Exaustos, satisfeitos e cansados.
Te viras, surpreendendo-me... disfarço...

MARCOS LOURES

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