domingo, 21 de novembro de 2010

50701/10

1

A educação, se bem compreendida é a chave do progresso moral.
Allan Kardec

Ao educar o ser
Transformas moralmente
E assim tanto fomente
Gerando amanhecer
Pudesse então se ver
Além do corpo, a mente
Beleza transparente
E nisto o merecer
A glória mais perfeita
Aonde se deleita
A imagem mais divina,
Destarte esta grandeza
Suprema traz leveza
E o todo determina.

2



A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres.
Allan Kardec

Unir os pólos traz
A força incomparável
Terreno mais arável
E nele a plena paz,
O passo mais audaz
E sendo inigualável
A luta interminável
É sempre a mais mordaz,
Ainda quando possa
Traçar além da fossa
Uma harmonia eterna
E nesta direção
Gerando esta união
A vida além se externa.

3

O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

Pode-se defini-lo assim:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
Allan Kardec

Unindo dois caminhos
Num ato em tal constância
Gerando nova estância
Sem passos vãos, mesquinhos
E quando dos espinhos
A sorte em discrepância
Traçasse a tolerância
Entre os diversos ninhos,
O agora e o quanto venha
Mantendo acesa a lenha
Na frágua da esperança
E ter toda a ciência
Da vida em tal clemência
No etéreo em paz se lança.

4

Um só desejo basta para povoar um mundo.
Alphonse de Lamartine

Um desejo somente
Bastasse para tanto
E nisto o que garanto
Traduz frequentemente
O quando se alimente
Do sonho e neste encanto
O mundo traça o manto
Domina inteira a mente,
Povoa em esperança
A humanidade inteira
E mais do que se queira
Ao todo enfim nos lança
Gerando a confiança,
Amor firme bandeira.

5

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.
Alphonse de Lamartine

O quanto nos parece
Em brilho mais intenso
Não mais eu me convenço
De ser rara bebesse,
O todo que se tece
Num ato tão imenso
Por vezes diz do tenso
Caminho que entorpece,
Um átimo não vale
O quanto deste vale
A vida poderia,
Acaso noutro tempo
O imenso contratempo
Regendo esta agonia.

6

O primeiro sulco aberto na terra pelo homem selvagem foi o primeiro ato de civilização.
Alphonse de Lamartine

O início diz do quanto
A sorte pode além
E o quanto se provém
Do passo onde garanto
Gerando algum encanto
A luta sempre tem
No fim o raro bem
De ser o que adianto,
Gigante ou mesmo ledo,
O passo que concedo
Transforma a caminhada,
Do todo ou mero prazo
A vida noutro ocaso
Transcende ao quase nada.

7

Admiramos o mundo através do que amamos.
Alphonse de Lamartine

Amor traduz o quanto
Pudesse perceber
E ter neste prazer
O quanto me agiganto,
Vestindo o raro manto
Espreito amanhecer
E sei deste querer
E nisto em paz eu canto,
Invisto cada passo
Aonde o sonho traço
E venço os temporais,
Amando e sendo assim,
O todo vive em mim,
Gestando os meus cristais.

8

Beleza, presente de um dia que o Céu nos oferece.
Alphonse de Lamartine

O quanto da beleza
Na vida se veria
E nisto a fantasia
Gerasse a correnteza
E tendo esta certeza
A sorte então traria
Além desta sombria
E dura natureza
A luta não termina
E sei da velha mina,
Incontrolável fonte
Por onde o tempo flui
E a sorte tanto influi
E a paz ora desponte.

9

Estou farto de museus, cemitérios de arte.
Alphonse de Lamartine

O novo se aproxima
E gesta o pensamento
Deixando no relento
O quanto inda se estima,
Marcando em novo clima
O tanto que inda tento
Seguindo o forte vento
A voz audaz se prima,
Poeira do passado
No tempo desolado
Jogado neste vão,
As horas renovadas
As sortes desenhadas
Nos dias que virão.

50710

Não pode haver glória onde não existe virtude.
Alphonse de Lamartine

Virtude dita a glória
E gera além do cais
Os dias; e tu vais
Mudar a velha história
Apenas na memória
Momentos desiguais
E nada racionais
A sorte merencória,
O amor ditando o rumo
E nisto me resumo
Tentando ter além
Do quanto a cada dia,
O mundo não traria
E o todo, enfim, já vem.

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