quinta-feira, 25 de novembro de 2010

51061/70

61

Sentir a cada instante
Vontades mais diversas
E quando além tu versas
O mundo se garante
Podendo doravante
Traçar entre as dispersas
Vontades onde emersas
Tais sortes; agigante.
Meu mundo no teu passo
O rumo quando traço
Expressa a claridade
Amor se traduzindo
Num sentimento infindo
Aos poucos tudo invade.

62

A dor que se fez mor
E nada consolasse
No quanto o tempo passe
A história sei de cor,
Marcando com suor
O todo noutro impasse
Ainda se notasse
No corte, bem pior,
Ausento do passado
E bebo do futuro
Aonde me asseguro
E vejo o desolado
Caminho onde afiguro
O prazo em que me evado.

63

Numa hora mais sutil
O todo se transcorre
E nada mais socorre
O quanto se previu,
A vida sendo vil
O mundo eterno porre
O todo jamais morre
E o caos o tempo viu,
Apenas vagamente
A sorte tanto mente
E marca sem sentido
O manto consagrando
O tempo desde quando
Passado atroz olvido.

64

Deixara em seu lugar
O todo que pensei
Domina a turva grei
E faz tudo brotar,
A noite a divagar
O mundo onde entranhei
Meu passo sendo a lei
O quanto possa amar,
Vagando sem destino
Ainda me alucino
Ousando muito além
Do todo sem proveito
E quando aquém me deito
O sonho nunca vem.

65

No quanto maior fora
O sonho de quem ama,
A sorte dita o drama,
Aonde é promissora,
A luta redentora
Mantendo a velha chama
E nisto se reclama
A vida tentadora,
Escusas entre ocasos
E sei dos meus atrasos
Em prazos mais diversos,
E quando me persigo
Ousando em tal perigo
Invento o mundo em versos.


66


Passando a contragosto
O tempo que pudera
Apascentar quimera
Ou mesmo tendo exposto
O olhar em novo rosto
A morte me tempera
E o vento degenera
E assim eu sou deposto,
Vagando sem sentido
Aonde o resumido
Caminho nega o fim,
Escadas e degraus
Momentos onde o caos
Traduz o resto em mim.

67

No duvidoso passo
Aonde o nada diz
Pousando por um triz
Enquanto o nada traço,
A vida sem espaço
O rumo não mais quis
E sei quanto infeliz
Delírio diz cansaço,
Espero após a sorte
Quem tanto me conforte
Ou mesmo aplaque o medo
E assim sem mais saída
A luta é resolvida
No amor que te concedo.

68

Amar e ter certeza
Do quanto pude e possa
A sorte sendo nossa
Maior, rara beleza
Sem ter esta leveza
A vida gera a fossa
E o quando não se apossa
Marcara em tal surpresa
Supero qualquer medo
E sei do mundo ledo
Enredos mais diversos
Ousando ser feliz
A luta em céu mais gris
Gerasse claros versos.

69

Quem nunca mais deixara
De crer no amor sincero
Vivendo o quanto quero
Tomando esta seara,
A noite bela e clara
Amor quando o venero
Gerando o que inda espero
E toma e se escancara,
Apenas resumindo
O quanto fosse infindo
Meu mundo junto ao teu,
Meu passo sem cansaço
A vida atento eu faço
E nada se perdeu.

51070


A ninfa em plenitude
Domina com firmeza
O quanto da grandeza
O passo não ilude,
E quando fosse rude
Ou mesmo com fineza
Gerasse esta surpresa
Aonde o todo pude,
Esqueço o meu passado
E bebo do futuro
No passo mais seguro
O tanto quando brado
Expressa a dimensão
Do imenso coração.

Nenhum comentário: