quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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51

Tudo que poderia
A bela natureza
Gerando outra certeza
Em noite mais sombria
A sorte moldaria
Além da correnteza
O tanto sem surpresa
A vida em alegria
Ousando noutro rumo
O quanto em paz assumo
Resumos do passado
Destarte sendo assim
Vibrando dentro em mim
O passo quando o invado.

52

Imensa variedade
Das cores e matizes
E nisto contradizes
O todo que degrade
Ausente liberdade
Gerando cicatrizes
Momentos mais felizes
Aonde o nada invade,
E tome com astúcia
A vida com argúcia
E tudo se fizera
Diverso do que pude
Amar, rara atitude
Tramada em louca esfera.

53

O não te ver traduz
A mágoa dentro em mim
E quando além eu vim
Buscando a rara luz,
O tempo fazendo jus
Aos tons deste jardim,
O mundo traz no fim,
O sonho em que conduz
Meu passo sem cansaço
O quanto tento e traço
Vagando no infinito,
O tanto de transcende
E nisto a vida acende
O sol raro e bonito.

54

Sem ti já nada sinto
Nem mesmo esta vontade
Do sonho que me invade
E gera aonde extinto
O mundo em tal absinto
Diversa variedade
Do manto em liberdade
Aonde em paz me pinto,
Ousasse noutro instante
No todo onde garante
A vida sem temores,
E sei do quanto pude
Viver a juventude
Ausentes vãos pudores.

55

Perpetuando o riso
Aonde a sorte traça
O mundo em rara praça
Expressa o Paraíso
E sem o prejuízo
Da vida em vã fumaça
A luta não embaça
E o rumo é mais preciso,
Vencer o quanto tema
Gerando sem algema
Um passo libertário,
Destarte e sendo assim
Bebendo deste gim
O amor é meu fadário.


56

Maiores alegrias
Pudesse ter além
Do quanto sempre vem
E nada mais dirias
Sequer as agonias
E nelas o refém
Traduz oi novo alguém
Aonde não virias
Sementes de ilusão
Os dias me trarão
E o chão se aduba em festa
E o tanto quanto quero
Deveras mais sincero
Ainda a vida gesta.

57

Cruel fortuna trama
A vida em solidão,
E os sonhos desde então
São meras, vaga chama
E o quanto dita o drama
Ausente este verão
Momento em decisão
No todo a vida trama,
E sei da solitude
E nisto tanto ilude
Caminho sem paragem
O medo se desenha
Aonde o todo venha
Mudando a tosca aragem.


58

Quantas dores traz
Quem ama e não sacia
O mundo em alegria
Ou mesmo em plena paz,
O passo mais audaz
Deveras deveria
Traçar a fantasia
E nisto ser capaz,
Mas nada do meu mundo
Aonde em vão me inundo
Permite um novo passo,
E sendo a vida assim
Ainda bebo o fim
Enquanto o todo eu traço.

59

O tempo desenhando
O quanto pude outrora
A sede me apavora
E o mundo em tom infando
Aos poucos me tocando
E nada mais ancora
O barco que assenhora
A luta desnudando,
Esqueço qualquer messe
E nada mais se tece
Senão cada tormento,
Aonde o que já fiz
Agora por um triz
Em sonhos alimento,

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Aonde descansasse
Do todo sem certeza
A vida por surpresa
Traçando nova face
Aonde se pousasse
O mundo em sutileza
A luta dita a presa
E nisto novo impasse
Mergulho no teu braço
E quando o sonho eu traço
Encontro a paz em nós,
Meu mundo se transforma
E traz no sonho a norma
Diversa em nova voz.

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