sexta-feira, 26 de novembro de 2010

51201/10

51200

Inspirações diversas
Em noites desumanas
E quanto mais me enganas
As horas desconversas
E sei que quando versas
Em noites soberanas
As horas mais profanas
Deveras tu dispersas
E bebo cada gole
Do todo onde se bole
Rocio da esperança
Nesta orvalhada senda
Prazer que se desvenda
Ao largo a vida alcança


201

Sonhar sempre permite
Um passo mais além
E o tanto quanto vem
Não traz nenhum limite
E aonde se acredite
No todo onde contém,
Ou mesmo sendo aquém
Do quanto delimite
Expressa o amanhecer
E gera com prazer
Um dia mais suave,
E assim o quanto trago
Deveras num afago,
Do encanto é rara nave.

202

É necessário o sono
E o sonho nos faz bem
E quando a sorte vem
Depois de um abandono
O quanto ora me adono
E sei do que convém
Ousando sem desdém
Do todo ora me adono,
E sinto muito mais
Que os dias tão banais
Em erros, desenganos
Renova-se esperança
Enquanto a alma descansa
E gera novos planos.

203

É necessário ver
O medo como apoio
Gerando após o joio
O trigo com prazer,
E sei e posso crer
Da paz em ledo arroio,
E o mundo em tal comboio
Aprende a se verter
Atravessando além
Do quanto cedo vem
Deserto da esperança
E sendo de tal forma
O quanto em paz se informa
Aos poucos longe avança.

204

O quanto se procura
A perfeição não cansa
E nada em tal pujança
Trouxesse uma amargura
A vida em tal ternura
No quanto seja mansa
E vence em temperança
A sorte onde perdura,
Os laços mais sutis
E neles tanto eu quis
Apenas liberdade,
Vencer o que inda resta
Gerando o sonho em festa
No quanto sempre agrade.


205

Um toque cuidadoso
Gerando muito além
Do quanto ainda tem
Em tempo caprichoso,
Diverso e fabuloso
Caminho me convém
E sei que sem ninguém
O fim pernicioso,
Espero alguma sorte
E nada me comporte
Senão a mesma senda
Aonde o que inda pude
Vestindo imagem rude
Deveras não me atenda.

206

Trabalho gera o fruto
E o sonho uma semente
Aonde o todo tente
E ao fim nada desfruto,
E quanto mais reluto
A vida sempre mente
E gera tão somente
O passo atroz e bruto,
Mergulho no meu eu
E sei do quanto é meu
Podendo ser além
Do tanto que se empenha
A sorte enquanto venha
Traduz a luz que tem.

207

A queda é natural
E não nos glorifica
Porém o que edifica
Um dia em face tal
Persiste em desigual
Caminho e a sorte explica
A cena audaz e rica
Num ato divinal.
Ousando noutro passo
O quanto em luz eu traço
Permite que levante
E o mundo se renova
E sinto à toda prova
Amor que em paz garante.

208

Só vence quem respeita
Quem tanto o desafia
A sorte em fantasia
Deveras não se aceita,
E o quanto a vida deita
Além da noite fria
Perdendo em utopia
A messe onde se espreita
Tocaias são diversas
E nelas desconversas
Confessas tais enganos,
E sinto mais distante
O quanto me garante
A vida em ermos danos.

209

A vida se transcorre
De baixo para cima
E o quanto se redima
Além do que socorre
Demora e quando escorre
Num novo e claro clima
Gestando o que se estima
E sei que nunca morre,
Vencer os meus enganos
Ousar em novos planos
Deixando para trás
O errático cenário
De um tempo atroz e vário
Que a vida sempre traz.

210

Futuro nem passado
Apenas o presente
E nele se apresente
O quanto em paz me agrado,
A sorte dita em fado
O corte impertinente
A vida num repente
O tempo desenhado,
E assim se sobrepondo
O tempo onde respondo
O todo em nova espera,
Acende esta fogueira
Além do que se queira
E a luta em paz tempera.

Nenhum comentário: