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Conhecer não é demonstrar nem explicar, é ascender à visão.
Antoine de Saint-Exupéry
Abrindo o coração
Olhar do sentimento
Deveras me alimento
Da imensa cognição
E os dias mostrarão
Além do alheamento
E nisto o novo eu tento
E busco a solução.
O conhecer se faz
No dia mais audaz
Em paz e calmaria,
E nisto se percebe
Além da própria sebe
O quanto se veria.
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O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.
Antoine de Saint-Exupéry
Domínios traçam rumo
Diverso quando a sorte
Trazendo quem conforte
Mantém em mesmo prumo,
E quando me acostumo
Buscando um novo norte
Aonde se suporte
O passo em todo o sumo,
Deveras percebendo
Além do caos horrendo
A libertária senda
Mistérios mais profundos
Em novos, claros mundos
O olhar livre desvenda.
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A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.
Antoine de Saint-Exupéry
O quanto nos unisse
Em mesma direção
Ousando desde então
Vencer qualquer tolice,
Além de uma crendice
Traçada sem razão
Os dias se verão
Bem mais do que se visse.
E neste mesmo passo
A vida quando a faço
Presume consistente
Caminho para o qual
Em trama mais igual,
O amor sempre contente.
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Ao reencontrar os amigos, todos nós já provamos o encanto das más lembranças.
Antoine de Saint-Exupéry
Rever nosso passado
Em erros, desenganos
Mostrando os rudes planos
Num tempo mal traçado
E quando assim invado
Os mais puídos panos,
Somando os tantos danos
O velho é relembrado
E traz o que passamos
Ousando em velhos ramos
Moldando nova fronde,
Depois de certo tempo
A vida em contratempo
Mais dura nos responde.
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Tenho o direito de exigir obediência, porque as minhas ordens são sensatas.
Antoine de Saint-Exupéry
Apenas sensatez
Domina e pode dar
Além de algum lugar
O quanto ainda crês,
E vendo sem talvez
O todo a se mostrar
No claro desnudar
A rara lucidez,
Mas quando se traduz
A vida em parca luz
Ou mesmo no non sense,
não tendo outra visão
Somente a negação
Ao fim de tudo vence.
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É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência.
Antoine de Saint-Exupéry
O velho timoneiro
Ousando em sentimento
Além do provimento
De um passo mais ligeiro
E nisto se me inteiro
Entregue ao forte vento,
O rumo em paz eu tento,
Bem mais que o costumeiro,
Permito-me deveras
Vivendo entre quimeras
Sonhar com liberdade,
E assim a cada passo,
Um rumo em paz eu traço
Aonde amor invade.
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A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.
Antoine de Saint-Exupéry
O quanto se permite
Ao menos se entender
Produz em cada ser
Além de algum limite
Bem mais que algum palpite
E sei que ao proceder
No inteiro conhecer
A paz se necessite.
Pousar com mansidão
Presume a solução
Sem tanta divergência
Destarte uma alma rica
Decerto simplifica
E gere com ciência.
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Também somos ricos das nossas misérias.
Antoine de Saint-Exupéry
Riqueza se cultiva
No interior do ser
E quando perceber
Sem ser mera e cativa
Ainda em paz se criva
E traz no amanhecer
O todo a enaltecer
A sorte audaz e viva,
Assim ao se entregar
Na sorte deste mar
O quanto se gestasse
De um aprender diário
Domando itinerário
Moldando a nobre face.
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O que nos salva é dar um passo e outro ainda.
Antoine de Saint-Exupéry
O mundo se transforma
E gera novo rumo
Aonde eu já presumo
Uma sobeja forma,
E mesmo quando informa
Do todo ou pleno sumo,
Além deste resumo
Ditando nova norma
Assim se apresentando
E sendo bem mais brando
O dia se permite
Além de meramente
O quanto se apresente
Dentro de algum limite.
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Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos.
Antoine de Saint-Exupéry
O quanto se apresenta
Ao sentimento diz
Bem mais do que já quis
A face mais sangrenta,
Na luta turbulenta
O todo por um triz
A sorte em cicatriz
E o mundo em paz se tenta,
Atento caminhante
Percebo e se adiante
Meu passo com firmeza
Assim ao me entregar
No coração, notar
A vida em tal grandeza.
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