domingo, 20 de dezembro de 2015

A língua que me lambe, da pantera
Prepara-se pro bote inevitável
Por mais que talvez pense ser amável
A sorte se desnuda em fria fera

Que enquanto acaricia em vã espera
Ao mesmo tempo expõe seu deplorável
Prazer insaciado e indecifrável
Que em ânsias e delírios se tempera.

Andara por estrelas, vago sonho
E quando um novo templo – amor- proponho
As garras sendo expostas sutilmente

E mesmo quando em êxtase sacia,
A fera mata a fome em agonia
E novamente em cio, ainda mente.

marcos loures

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