quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Porquanto quis o Fado algum momento
aonde houvesse o Amor que tanto busco,
cenário tantas vezes visto fusco
gravasse dentro da alma algum tormento,

Navego neste mar e me alimento
do turvo navegar, atroz e brusco,
e, quando na verdade o sonho ofusco
a fúria da esperança é meu sustento.

no vórtice dos erros, navegante,
mergulho no vazio e se garante
a fúria desta vida em tempestade,

Em vós concebo o quanto eu poderia
traçar ao fim de tudo em poesia,
porém somente o mar atroz me invade...

Marcos Loures

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