Um pária que procura na sarjeta
o descanso e o repouso merecidos,
os olhos perfurados e esquecidos
buscando dos natais algum cometa,
um velho alcoviteiro que prometa
momentos mais felizes e queridos
meus beijos nestes pés apodrecidos
na lúcida expressão quando acometa.
a cruz que pesa e beija em doces chagas
o riso quando em luzes sempre alagas
as ruas da cidade dos canalhas,
cangalhas que carregas e não vês
na tua mais temida estupidez
ao pobre sonhador, ditam navalhas...
Marcos Loures
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