segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

HELENA

Filha de Zeus e Leda, a magistral
Irmã de Clitemnestra de Micenas
E de Castor e Pólux, noites amenas
Ao lado do marido, Menelau.

Porém, Páris, troiano enamorado
Seqüestra-a e deveras propicia
A guerra numa insânia em agonia,
Num tempo mais atroz e desolado,

Assim ao se mostrar em tais momentos
A fúria se espalhando sobre a Terra
Até que após dez anos já se encerra
E nisto se aproximam os alentos,

Porém Polixo mostra em falsidade
Matando-a atocaiada e a sorte evade.



PÁRIS

De Príamo deveras rei de Tróia
Ainda adolescente se abordara
Por Afrodite Atena e Hera em rara
Em soberana escolha; qual a jóia

Mais bela que haveria além no Olimpo
E quando em Afrodite a garantia
De ter dentre as mulheres primazia
Da mais bela traçando em prato limpo

O quanto se desenha e desde então,
Ousando em seqüestrar sublime Helena,
E nisto em guerra atroz, tanto condena
Os povos na feroz rebelião,

Com Helena tivera quatro filhos,
Até que a morte muda os velhos trilhos...

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MENELAU

Irmão de Agamenon tivera a sorte
Ao ser dentre diversos escolhido
E assim no seu caminho divido
Com Helena a mulher que em raro aporte

Trazia esta beleza incomparável,
E ali se houvera luz e perdição,
Em Páris desenhando a tentação
Num ato mais feroz e deplorável,

Seqüestro que gerando logo após
A guerra tão terrível que em dez anos
Marcando com mortalhas, desenganos
Regendo o que pudesse mais atroz,

Depois de tantos anos, tem de volta
Aquela que causara tal revolta.



ODISSEU

O rei que convocado para a guerra,
Um guerreiro exemplar, astucioso
No porte mais audaz e majestoso
Soberania imensa em si encerra,

Usando de total sabedoria
Depois de longos anos de batalha,
Ousando num cavalo, assim detalha
A sorte noutro porte se veria.

Troianos se julgando vencedores,
Ao adentrarem além das fortalezas,
Tornando-se deveras frágeis presas
Na mortandade imensa, tantas dores.

Porém dez anos mais em dura senda
Na Ilíada o temor já se desvenda...

Marcos Loures

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