domingo, 20 de dezembro de 2015

O AMANHECER

O meu peito arde e dói já tão febril
A esperança foi-se embora daqui
O amor talvez um dia até conheci
Amanheci sem tê-lo em meu perfil!

Também, quero ter amor mais gentil
Que me dê flores e ainda um rubi
Não quero apenas beijos e açaí,
Já adoeci por ter amor tão vil!

Alguém que leve-me café na cama
E com um cafuné, diz que me ama,
Acendendo essa chama, sem pudor...

Que na manhã, também, faça outro amor,
Não sexo sem sentido, só prazer...
Que ao ouvido diz: - És meu amanhecer!

SOL Figueiredo – 20 de dezembro de 2015 – 10h.

O encanto dos amores mais profanos
envolto nestas brumas onde o templo
do todo noutra face ora contemplo
e molda com certeza nossos planos,

vagasse além dos dias, meses,anos
e nele com firmeza ao fim me exemplo
e bebo deste cálice onde um exemplo
traduza os dias vivos, soberanos.

mas trago a morte envolta em cada verso
e faço da falência um universo
que tanto frequentasse o pensamento,

viver e amanhecer, tosco martírio,
o corpo se derrama num delírio
que, infelizmente segue atroz e lento...

Marcos Loures.

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