quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Iridescências, nega esta manhã
Que tanto desejara em outra face
Esgarço o meu caminho em tal impasse
E a vida preconiza a fria cã

Agrisalhado olhar, espúria e vã
Farsante que meu dia ainda embace
Estraçalhado sonho em que passe
A vida sempre atroz, cruel, malsã...

E vingo-me das hordas que me deste
E bebo mesmo pútrido ou agreste
Em fartos goles, todo o desatino,

E quando me percebes muito além
Sorrir com ironia é o que convém
E vendo o teu esgar, eu me alucino...

marcos loures

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