quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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611

Pudesse meu canto
Em tanta promessa
A vida começa
E tento e garanto
Além deste encanto
A sorte diz pressa
E o medo tropeça
No corte em quebranto
Viver plenitude
Quando se mude
O mundo que é mudo
Invade o caminho
Gerando este ninho
Amor; mero escudo?

612

Beber da vontade
De ter outro sonho
E nada componho
Sequer liberdade,
A sorte se evade
O canto; eu proponho
E sei do medonho
Delírio que brade
Matando o que tenho
Um simples desenho
Vital importância
A luta não vence
Tampouco em non sense
Gerando inconstância.

613

Beber cada luz
E ter noutro passo
O quanto ora traço
E se reproduz
Amor já seduz
E leva ao cansaço
Procuro um regaço
Encontro outra cruz,
Esgoto meu mundo
E quando me inundo
Do todo ou do vão,
As sortes diversas
Aonde tu versas
Traçando o senão.

614

Aprendo bastante
E nada me impede
Do quanto concede
O passo adiante,
E sei doravante
No vago procede
A luta que mede
O mar se garante
Vivendo o cenário
Sonhar solidário
Em termos comuns
Dos sonhos que tento
Apenas tormento,
Delírios? Alguns...

615

Amor compartilha
Não soma nem tira
A sorte interfira
E gera esta trilha
No rumo onde brilha
Além da mentira
A vida retira
Enquanto polvilha,
Cerzir esperança
No passo onde lança
A luta sem fim,
Querendo este rumo
Em ti eu me assumo
Sem guerra ou motim.

616


Beijar mansamente
O tanto que possa
Da vida mais nossa
E nada desmente
O quanto apresente
Da luta que endossa
O sonho nos roça
E trama este urgente
Caminho que em paz
Amor sempre traz
E gesta outro encanto,
Vislumbro o futuro
Num dia seguro
Sem mágoas nem pranto.

617

A sorte maldita
A luta não traça
A vida se escassa
Nem tudo permita
Uma alma palpita
E gera o que passa
No quanto em fumaça
O tédio se evita,
Vencer temporais
Querer sempre mais
E ter esta sorte
De ser bem além
Do quanto inda tem
Que tanto conforte.

618

Não resta outra frase
Nem mesmo outro medo
Aonde procedo
A vida, esta fase
E nada se atrase
O rumo mais cedo
O tempo eu concedo
E gere esta base,
O canto sereno
Ao quanto me aceno
Bebendo o futuro,
Meu passo sem nexo
Olhar meu reflexo
Saltar outro muro.

619

No canto sem paz
No tempo sem luz
Ao todo conduz
O quanto se faz,
Pudesse tenaz
Viver onde pus
O sonho, eu compus
E nada se traz
Apenas a luta
E quando reluta
A astuta verdade,
Mergulho no encanto
E bebo do quanto
Amor nos invade.

620

Eu quero poder
Estar junto a ti
E tudo eu senti
No imenso prazer
Do quanto quis ser
E nisto eu venci
O sonho que vi
Marcante saber
Singrar oceano
Aonde me dano
Ou mesmo me alio,
Do sonho vivido
O canto eu lapido
Em tal desafio.

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