terça-feira, 9 de março de 2010

00731

O tempo não traduz nem traz assim
As marcas de um amor que poderia
Calar com mais vigor tal agonia
Sombria fantasia dentro em mim.

Vergastas me açoitando em noite imensa,
Meu corpo se tomando, corte e chaga,
Apenas ilusão ainda afaga
E nela posso ver a recompensa.

E quando procurando sem destino
O encanto de um menino que me queira,
A solidão é minha companheira
E nesta busca inútil me alucino

Gritando tolamente por alguém,
Somente a fantasia ainda vem.

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