quarta-feira, 10 de março de 2010

00794

E quanto mais se teima, mais se acida
Embora possa crer num novo tempo,
Mergulhando num vago contratempo
A história se fazendo em despedida,

A porta se trancando e nada tendo
Aprendo a me fazer calada então,
Mesquinhas madrugadas não trarão
Saciedade alguma em dividendo

A par do que não sou e nem seria,
O amor já não conhece mais limite,
E mesmo que esperança inda palpite
Aporta-se distante a fantasia

Do sonho que buscara e que desejo
Somente alguma imagem, num lampejo.

Nenhum comentário: