quarta-feira, 10 de março de 2010

00787

Viver se traduzindo em voz funesta
E tendo em meu olhar este vazio
Enquanto algum prazer eu propicio
A sorte me desdenha e me detesta.

Eflúvios tão diversos, riso farto
Em ritos nababescos, bacanais.
Os dias tão monótonos e iguais,
O encanto a cada tempo mais descarto.

Vagando por aí sem rumo ou nexo,
Noctívaga falena se perdendo,
Não tendo nem sequer um dividendo,
Não posso me entregar ao vago sexo.

Buscando a claridade em noite escura,
Mas quando vejo: inútil tal procura...

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