quarta-feira, 10 de março de 2010

00760

E muda a direção da minha vida
A sorte desairosa em que me meto,
E ainda tendo a voz do meu soneto,
Usado vez em quando qual guarida,

Por mais que tantas vezes siga vã
Não quero transformar em tempestade
O vento tão inútil que me invade
E não permitirá nova manhã.

Assim caminho contra os meus anseios,
Vestígios do que fora, nem conheço;
Somente percebendo este tropeço
Em dias que julgara mais alheios,

E o sonho de um amor imenso se louco
Agora se esvaindo pouco a pouco.

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