quarta-feira, 10 de março de 2010

00774

E amante da ilusão nada me resta
Somente o gosto amargo de um passado
Há tanto sem destino abandonado
Nem mesmo a lua adentra em fina fresta

E o jeito é caminhar sem ter um porto
E nesta noite imersa no vazio,
O amor que tanto quero em vão desfio
E o sonho se transforma em mero aborto.

Menina acostumada à fantasia
Castelos desenhados, são ruínas,
E quando vez ou outra me dominas,
A sorte noutra senda não me guia.

Pudesse em noite triste e tão escura
Viver algum momento de ventura.

Nenhum comentário: