quarta-feira, 10 de março de 2010

00783

E tudo que deveras conheci
Apresentando o nada mais constante
Por mais que a fantasia se adiante
O rumo deste sonho já perdi.

E o quadro se tecendo em tanta dor,
Ausente dos meus olhos a esperança
Deveras tão somente o medo alcança
E trama a solidão, cruel louvor,

Assisto à derrocada deste sonho
E bebo este vazio que me dás,
Não posso perceber sequer a paz,
O olhar se torna amargo e tão medonho

Assim prossigo ausente do prazer
E sem saber sequer o que é viver.

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