A sorte que buscara ser longeva,
Aos poucos vai morrendo em minhas mãos,
Aonde os dias seguem sendo vãos,
Não tendo quem em sonhos já se atreva
E bebo o nada ter como se fosse
Um néctar costumeiro e fabuloso,
O coração deveras andrajoso
Aguarda um novo dia bem mais doce.
Porém em tenebrosa tempestade
A vida não permite outro caminho,
E sinto cada toque mais daninho
Na fúria deste vento que degrade
Do sonho que pensara outrora lindo
Verdade pouco a pouco já deslindo.
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